O Eneagrama das Esferas é um sistema tipológico ancestral que explica as principais semelhanças e diferenças entre as pessoas
com base nas influências dos astros visíveis do sistema solar. Há claros indícios de que tenha sido intensamente praticado nas antigas Babilônia,
Grécia e no antigo Egito. Para que não fosse jamais esquecido, foi inserido em códigos culturais diversos (como na ordenação dos 7 Dias da Semana), também
em jogos (Tarô, Xadrez) e em outros símbolos e ícones antigos (por exemplo, no Heptagrama Caldaico e na Música das Esferas).
Sarmong, uma antiga e secreta comunidade islâmica e sufi, preservou o símbolo e o associou a exercícios de danças visando o autoconhecimento e o desenvolvimento interior. O filósofo armênio George I. Gurdjieff (1866-1949), no início do século passado, após conhecer tal comunidade, o revelou ao mundo ocidental simplesmente sob o nome de Eneagrama, mas deixou pistas de que tal símbolo estava claramente relacionado aos movimentos dos astros celestes. Seu discípulo Ouspensky (1878-1947), ao citar o mestre em seu livro Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido, assim transcreveu sua fala:
Citação de Gurdjieff que sela a associação do Eneagrama às esferas celestes
Na década de 1950, Rodney Collin (1909-1956), um discípulo de Ouspensky, publicou a figura do Eneagrama associando-o aos 7 astros visíveis no céu. Isso concretizou a relação apenas sugerida por Gurdjieff a respeito da conexão do símbolo do Eneagrama com o movimento eterno dos astros, ao mesmo tempo em que trouxe novamente à vida um sistema tipológico humano baseado em tais astros e há muito desconhecido pelos astrólogos contemporâneos. As posições de duas duplas de astros (Saturno e Marte; Lua e Vênus), porém, foram apresentadas de modo invertido em relação à ordem das alturas utilizada no Eneagrama das Esferas. De qualquer forma, Collin foi o primeiro a publicar o Eneagrama associado às esferas celestes e a propor um sistema tipológico para a compreensão profunda das pessoas.
Mais tarde, o psiquiatra Oscar Ichazo (1931-2020) ensinou a seus discípulos um sistema tipológico baseado no Eneagrama, possivelmente influenciado por Collin. Isso se pode notar nas descrições do tipo Quatro com fortes características do tipo venusial, nas do tipo Cinco com características do tipo marcial, nas do tipo Oito com características do tipo saturnino, bem como na proposta de integração e desintegração ao se percorrer as flechas do Eneagrama. Uma hipótese alternativa também aceita é que tanto Collin quanto Ichazo utilizaram-se das mesmas fontes para apresentar as posições de seus tipos humanos.
Um dos alunos de Ichazo, o também psiquiatra Claudio Naranjo (1932-2019), publicou no início da década de 1970, um sistema tipológico baseado no Eneagrama, porém, sem fazer qualquer menção aos astros, o que foi chamado de Eneagrama das Personalidades. Em 2012, para atualizar seus alunos e também reparar algumas falhas cometidas nas descrições anteriores, Naranjo publicou o livro 27 Personajes em Busca Del Ser, um trabalho que influenciou profundamente alguns professores de vanguarda em Eneagrama das Personalidades, sobretudo, a psicóloga Beatrice Chestnut (1964-), que o popularizou através de seu livro O Eneagrama Completo, publicado em 2018 no Brasil.
Neste livro, Chestnut, uma assumida personalidade tipo Dois Autopreservação ("Eu Primeiro"), reitera as reformulações propostas por Naranjo em 2012 a respeito de seu tipo, antes tratado como "mãe-judia" ou como um "tipo ajudante" e submisso. Nesta "nova" visão, o tipo Dois é reapresentado com fortes características mercuriais, o que coincide com a posição 2 no Eneagrama com que Collin ensinava o seu tipo mercurial. Naranjo, em seu livro "27 Personajes em Busca Del Ser", quase pede desculpas por ter apresentado uma versão distorcida deste tipo de personalidade, conforme transcrevemos a seguir:
Citação de Naranjo admitindo seu equívoco ao apresentar o Tipo Dois sem as características mercuriais de Collin|Ichazo
Em 2019, o professor João Carlos (1970-) descobriu o Eneagrama das Esferas codificado nos dias da semana e, em seguida, igualmente codificado na Estrela Caldaica, na Música das Esferas e no Jogo de Xadrez, apresentando o símbolo do Eneagrama associado aos astros posicionados conforme a primeira ilustração desta página. Os detalhes destas associações podem ser vistos no vídeo a seguir.
Como o EDE esteve codificado nos Dias da Semana, na Música das Esferas, no Heptagrama Babilônico e no Jogo de Xadrez
A princípio, o professor João Carlos ficou perplexo porque as descrições contemporâneas dos subtipos apresentadas por Naranjo e Chestnut lhe pareceram atualizações das antigas descrições das influências planetárias cujas posições quanto aos números lhe pareceram muito próximas. Em 2020, começou a ensinar o que, a princípio, julgou ser uma atualização do Eneagrama das Personalidades, atualizando o Mapa Eneastral, uma ferramenta que utilizava desde 2016, para a versão 2.0.
Linhas do Tempo do Mapa Eneastral e do Eneagrama das Esferas
Somente após extensa pesquisa estatística de validação de
traços comportamentais de pessoas famosas, bem como diversas consultorias feitas pelo psicólogo Fábio Fioramonte
(1963-), em 2021, publicou seu atual livro Eneagrama das Esferas - a tipologia planetária em expansão.
Neste livro, ele atualiza seu trabalho e apresenta, pela primeira vez, o Eneagrama das Esferas como um sistema tipológico exclusivo,
mas que "conversa" com o Eneagrama das Personalidades (revisado por Naranjo em 2012), a Astrologia Ancestral e os símbolos do Tarô de Marselha. Tudo isso apresentado
sob a perspectiva do Raio de Criação, um esquema ensinado por Gurdjieff que explica todas as 48 leis de influência a que todos os
seres humanos estão submetidos.
Mapa Eneastral 4.0 de Jô Soares, um ícone no entretenimento nacional
Atualmente (2024), para verificar sob quais influências celestes uma determinada pessoa está submetida, é utilizado o Mapa Eneastral 4.0, uma grande atualização da parte do mapa astrológico associado a um sistema de pontuações das forças planetárias validado estatisticamente. Em outras palavras, cada ser humano, ao dar sua primeira respiração nesta vida, por ser parte integrante de um Todo Maior (Universo), inicia sua jornada impregnado da energia original, a que chamamos essência. A partir do Mapa Eneastral 4.0, é possível verificar as intensidades das forças de cada um dos astros sobre a pessoa, o que implica em seus traços, bem como seus subtipos conforme seus Centros de Inteligência.
Traços e Centros de Inteligência são conceitos ensinados pelas escolas de Gurdjieff e de seus discípulos - o que se conhece hoje como o Quarto Caminho. Tais conceitos foram reapresentados pelo Eneagrama das Personalidades décadas mais tarde, porém com redefinições que associaram os Centros de Inteligência aos tipos e estes variando-se nos Instintos. Assim, por exemplo, no Eneagrama das Personalidades, o Centro Intelectual está relacionado exclusivamente aos tipos Cinco, Seis e Sete e, cada um destes tipos varia nos instintos autopreservação, sexual e social. Com isso, o tipo Cinco sempre é do Centro Intelectual.
O Eneagrama das Esferas restitui os conceitos originais, ao apresentar os instintos associados aos tipos e estes variando-se nos Centros de Inteligência. Assim, por exemplo, o instinto Social está mais fortemente ligado aos tipos Saturnial 5, Solar 6 e Jovial 7 e, cada um destes tipos varia nos 4 diferentes Centros de Inteligência, Biológico, Afetivo, Intelectual e Motor. Com isso, o tipo Saturnial 5 pode ser de qualquer um dos 4 Centros de Inteligência.
Um astrólogo contemporâneo olha para o mapa astral e vê lá todos os planetas e, acreditando que todos ajam com mesmas forças, independentemente de suas posições, julga que seus diferenciais sejam apenas os signos e as casas ocupadas por eles. Por isso, tamanha ênfase no signo ascendente, no signo da Lua etc.
Já o Eneagrama das Esferas, apesar de concordar com a importância dos signos, coloca esta de modo secundário às forças diferenciadas de cada um dos planetas conforme suas posições. Por isso, tamanha ênfase nos tipos solar e planetários, designando os signos à categoria de subtipos destes. Assim, o Eneagrama das Esferas, através do Mapa Eneastral, calcula as forças relativas de cada um dos planetas e estabelece seus tipos com base nestes resultados. Por exemplo, se a Lua ocupar uma condição mais forte no momento em que a pessoa nasceu, ela será considerada como Lunial 4. Neste caso, o signo da Lua designará o subtipo da pessoa e terá menor importância se comparado ao fato de ela ser Lunial 4.
Sarmong, uma antiga e secreta comunidade islâmica e sufi, preservou o símbolo e o associou a exercícios de danças visando o autoconhecimento e o desenvolvimento interior. O filósofo armênio George I. Gurdjieff (1866-1949), no início do século passado, após conhecer tal comunidade, o revelou ao mundo ocidental simplesmente sob o nome de Eneagrama, mas deixou pistas de que tal símbolo estava claramente relacionado aos movimentos dos astros celestes. Seu discípulo Ouspensky (1878-1947), ao citar o mestre em seu livro Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido, assim transcreveu sua fala:
"O Eneagrama é o movimento perpétuo, é esse perpetuum mobile que os homems buscaram desde a mais remota antiguidade,
sempre em vão... O Eneagrama é um diagrama esquemático do movimento perpétuo, isto é, de uma máquina de movimento eterno. Mas é claro que é necessário saber
como ler este diagrama. A compreensão deste símbolo e a capacidade de utilizá-lo dá ao homem um poder muito grande. É o movimento perpétuo e também a
pedra filosofal dos alquimistas" (página 336).
Na década de 1950, Rodney Collin (1909-1956), um discípulo de Ouspensky, publicou a figura do Eneagrama associando-o aos 7 astros visíveis no céu. Isso concretizou a relação apenas sugerida por Gurdjieff a respeito da conexão do símbolo do Eneagrama com o movimento eterno dos astros, ao mesmo tempo em que trouxe novamente à vida um sistema tipológico humano baseado em tais astros e há muito desconhecido pelos astrólogos contemporâneos. As posições de duas duplas de astros (Saturno e Marte; Lua e Vênus), porém, foram apresentadas de modo invertido em relação à ordem das alturas utilizada no Eneagrama das Esferas. De qualquer forma, Collin foi o primeiro a publicar o Eneagrama associado às esferas celestes e a propor um sistema tipológico para a compreensão profunda das pessoas.
Mais tarde, o psiquiatra Oscar Ichazo (1931-2020) ensinou a seus discípulos um sistema tipológico baseado no Eneagrama, possivelmente influenciado por Collin. Isso se pode notar nas descrições do tipo Quatro com fortes características do tipo venusial, nas do tipo Cinco com características do tipo marcial, nas do tipo Oito com características do tipo saturnino, bem como na proposta de integração e desintegração ao se percorrer as flechas do Eneagrama. Uma hipótese alternativa também aceita é que tanto Collin quanto Ichazo utilizaram-se das mesmas fontes para apresentar as posições de seus tipos humanos.
Um dos alunos de Ichazo, o também psiquiatra Claudio Naranjo (1932-2019), publicou no início da década de 1970, um sistema tipológico baseado no Eneagrama, porém, sem fazer qualquer menção aos astros, o que foi chamado de Eneagrama das Personalidades. Em 2012, para atualizar seus alunos e também reparar algumas falhas cometidas nas descrições anteriores, Naranjo publicou o livro 27 Personajes em Busca Del Ser, um trabalho que influenciou profundamente alguns professores de vanguarda em Eneagrama das Personalidades, sobretudo, a psicóloga Beatrice Chestnut (1964-), que o popularizou através de seu livro O Eneagrama Completo, publicado em 2018 no Brasil.
Neste livro, Chestnut, uma assumida personalidade tipo Dois Autopreservação ("Eu Primeiro"), reitera as reformulações propostas por Naranjo em 2012 a respeito de seu tipo, antes tratado como "mãe-judia" ou como um "tipo ajudante" e submisso. Nesta "nova" visão, o tipo Dois é reapresentado com fortes características mercuriais, o que coincide com a posição 2 no Eneagrama com que Collin ensinava o seu tipo mercurial. Naranjo, em seu livro "27 Personajes em Busca Del Ser", quase pede desculpas por ter apresentado uma versão distorcida deste tipo de personalidade, conforme transcrevemos a seguir:
Na cultura americana do Eneagrama, é mais comum dizer que o Tipo Dois é um "ajudante", em vista de minha caracterização do eneatipo Dois nos anos de 1970 como
uma "mãe-judia". Porém, isso tem o inconveniente de uma falta de discriminação a respeito da diferença entre um caráter verdadeiramente ajudante e outro que
busca mais o afeto e o reconhecimento através da amabilidade.
Em 2019, o professor João Carlos (1970-) descobriu o Eneagrama das Esferas codificado nos dias da semana e, em seguida, igualmente codificado na Estrela Caldaica, na Música das Esferas e no Jogo de Xadrez, apresentando o símbolo do Eneagrama associado aos astros posicionados conforme a primeira ilustração desta página. Os detalhes destas associações podem ser vistos no vídeo a seguir.
A princípio, o professor João Carlos ficou perplexo porque as descrições contemporâneas dos subtipos apresentadas por Naranjo e Chestnut lhe pareceram atualizações das antigas descrições das influências planetárias cujas posições quanto aos números lhe pareceram muito próximas. Em 2020, começou a ensinar o que, a princípio, julgou ser uma atualização do Eneagrama das Personalidades, atualizando o Mapa Eneastral, uma ferramenta que utilizava desde 2016, para a versão 2.0.
Linhas do Tempo do Mapa Eneastral e do Eneagrama das Esferas
Mapa Eneastral 4.0 de Jô Soares, um ícone no entretenimento nacional
Atualmente (2024), para verificar sob quais influências celestes uma determinada pessoa está submetida, é utilizado o Mapa Eneastral 4.0, uma grande atualização da parte do mapa astrológico associado a um sistema de pontuações das forças planetárias validado estatisticamente. Em outras palavras, cada ser humano, ao dar sua primeira respiração nesta vida, por ser parte integrante de um Todo Maior (Universo), inicia sua jornada impregnado da energia original, a que chamamos essência. A partir do Mapa Eneastral 4.0, é possível verificar as intensidades das forças de cada um dos astros sobre a pessoa, o que implica em seus traços, bem como seus subtipos conforme seus Centros de Inteligência.
Traços e Centros de Inteligência são conceitos ensinados pelas escolas de Gurdjieff e de seus discípulos - o que se conhece hoje como o Quarto Caminho. Tais conceitos foram reapresentados pelo Eneagrama das Personalidades décadas mais tarde, porém com redefinições que associaram os Centros de Inteligência aos tipos e estes variando-se nos Instintos. Assim, por exemplo, no Eneagrama das Personalidades, o Centro Intelectual está relacionado exclusivamente aos tipos Cinco, Seis e Sete e, cada um destes tipos varia nos instintos autopreservação, sexual e social. Com isso, o tipo Cinco sempre é do Centro Intelectual.
O Eneagrama das Esferas restitui os conceitos originais, ao apresentar os instintos associados aos tipos e estes variando-se nos Centros de Inteligência. Assim, por exemplo, o instinto Social está mais fortemente ligado aos tipos Saturnial 5, Solar 6 e Jovial 7 e, cada um destes tipos varia nos 4 diferentes Centros de Inteligência, Biológico, Afetivo, Intelectual e Motor. Com isso, o tipo Saturnial 5 pode ser de qualquer um dos 4 Centros de Inteligência.
Um astrólogo contemporâneo olha para o mapa astral e vê lá todos os planetas e, acreditando que todos ajam com mesmas forças, independentemente de suas posições, julga que seus diferenciais sejam apenas os signos e as casas ocupadas por eles. Por isso, tamanha ênfase no signo ascendente, no signo da Lua etc.
Já o Eneagrama das Esferas, apesar de concordar com a importância dos signos, coloca esta de modo secundário às forças diferenciadas de cada um dos planetas conforme suas posições. Por isso, tamanha ênfase nos tipos solar e planetários, designando os signos à categoria de subtipos destes. Assim, o Eneagrama das Esferas, através do Mapa Eneastral, calcula as forças relativas de cada um dos planetas e estabelece seus tipos com base nestes resultados. Por exemplo, se a Lua ocupar uma condição mais forte no momento em que a pessoa nasceu, ela será considerada como Lunial 4. Neste caso, o signo da Lua designará o subtipo da pessoa e terá menor importância se comparado ao fato de ela ser Lunial 4.